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Foto do escritorvini M1L GR4U

NOTICIA SOBRE MORTE POR DENGUE EM MAIRIPORÃ É FALSA

NOTA DE ESCLARECIMENTO PELA PÁGINA DO HOSPITAL ANJO GABRIEL


SOBRE MORTE HEMORRÁGICA DE DENGUE

- Paciente A.G, 45 anos, deu entrada no Hospital Anjo Gabriel na noite do dia 12/02/2024, afebril, com parâmetros vitais estáveis, referindo sintomas inespecificos. Paciente não fazia seguimento ambulatorial de modo regular, além de possuir hábitos de vida e saúde questionáveis. Negou febre em todos os momentos desde o inicio dos sintomas. Vale lembrar que casos de dengue cursam obrigatoriamente com febre, até por esse fato ela é um dos tipos mais lembrados do capítulo das "DOENÇAS FEBRIS". Só pelo fato do paciente ter negado febre e não ter apresentado absolutamente nenhuma medida acima de 36,9°C durante toda sua permanência no Hospital já exclui quase que de forma absoluta a chance do diagnóstico ser Dengue, quanto mais Dengue Hemorrágica.

- Foram solicitados exames laboratoriais gerais, inclusive dengue. Exames iniciais mostraram uma anemia severa, sem nenhuma outra alteração em hemograma. Vale pontuar que a dengue, além de sempre causar febre, quando apresenta sinais de alarme que podem levar à hipótese de dengue grave/hemorrágica, gera uma alteração laboratorial extremamente particular que é a plaquetopenia (queda de plaquetas). Um exame de plaquetas normal deve mostrar um número superior a 140mil e, o paciente apresenta sintomas de sangramento quando esse número cai para valores abaixo de 50mil (ou menos). O exame do paciente em questão mostrava um valor de 162mil, que juntamente ao quadro NÃO FEBRIL, auxilia ainda mais na exclusão da dengue como diagnostico principal.

- Pouco depois do exame, paciente evoluiu com episodio de sangramento visivel e importante em trato gastro intestinal. Vale lembrar que um dos sintomas classicos de dengue hemorragica são as manchas na pele, que podem ser arroxeadas como hematomas, ou puntiformes como petéquias. Tais manchas ocorrem principalmente por conta da plaquetopenia (que o paciente NÃO APRESENTOU EM NENHUM MOMENTO). Sangramentos que já se iniciam dessa forma visivel e volumosa, quase certamente estão relacionados à outros tipos de comorbidades pregressas do paciente e, neste caso não era diferente (lembrando dos maus hábitos de vida e saúde do paciente).

- Paciente permaneceu internado cerca de 30 horas no Hospital Anjo Gabriel, tendo recebido transfusão sanguinea, bem como todos os cuidados necessários para que se tentasse, através de medicamentos, conter o sangramento e melhorar os níveis sanguíneos que estavam baixos. Vale pontuar aqui a relação logica dos fatos, em que as comorbidades do paciente geraram o sangramento que gerou a alteração laboratorial e consequentemente os sintomas referidos pelo paciente. Tentar montar uma linha de raciocinio onde um improvável e desconexo diagnostico de dengue (visto que NUNCA HOUVE relato ou medida de febre), logo de forma inicial tenha gerado um sangramento gastrointestinal volumoso sem absolutamente nenhum relato de manchas no corpo ou sangramentos menores (como gengiva, nariz, entre outros), ainda mais com exames de plaquetas absolutamente dentro da normalidade.

- Além de realizar as transfusões e medicações, paciente teve recurso solicitado via Sistema de Regulação Estadual CROSS (ou seja, o município por conta de questões hierarquicas em nada consegue interferir na liberação ou não desse recurso), para a realização de Endoscopia Digestiva Alta. Esse exame sim, além de ser um exame que comprovaria as hipóteses diagnósticas levantadas pela equipe médica e multiprofissional do Hospital, poderia ser um tratamento efetivo imediato aos sintomas apresentados, visto que através da Endoscopia, micro procedimentos "cirúrgicos" dentro do trato digestivo podem ser realizados durante a realização do exame. Ocorre que, infelizmente, o quadro era muito grave e, por conta do quadro clínico, laboratorial e dos sintomas, paciente necessitou de intubação para que pudesse ser garantida sua segurança e, para que fossem ofertadas absolutamente todas as condições e recursos disponíveis na unidade para a sua sobrevida.

- Paciente teve recurso de Endoscopia liberado para a manhã do dia 14/02 e, pela gravidade do quadro, após a atualização da solicitação de vaga via Sistema e via telefone, foi liberado também um leito de UTI no Hospital Albano em Franco da Rocha. Paciente foi então transferido em ambulância UTI, acompanhado por médico e equipe multiprofissional completa. Infelizmente durante sua internação no outro hospital, pela gravidade de seu quadro acabou não resistindo e faleceu.

- Tais fatos apresentados acima são os verídicos e reais, mostrados em ordem cronológica tentando preservar ao máximo detalhes que dizem respeito apenas ao paciente e a seus familiares. Os acontecimentos estão amplamente relatados e registrados em prontuário médico que é o ÚNICO E MÁXIMO documento que conta toda a história do paciente ao longo de seu período dentro de uma unidade de saúde. Por lei apenas o paciente ou seu representante legal tem acesso a esse prontuário e, tal direito é e será sempre respeitado e cumprido dentro da nossa instituição. Desta forma, a família tem total acesso para que possa comprovar todas as informações relatadas aqui, bem como detalhes muito mais claros os quais só servem para afastar ainda mais a hipótese de dengue. Levantar tal hipótese sem ter o mínimo conhecimento do assunto, sem ter embasamento e principalmente sem ter avaliado o paciente presencialmente (juntamente com todos os seus exames), é um absurdo total, completo e descabido... É totalmente antiético, imoral, cruel e maldoso para com o paciente e seus familiares e, por último, gera através de atitudes inescrupulosas, pânico e desinformação nos demais pacientes em munícipes visando apenas o benefício próprio, sem se importar com o real cenário de saúde pública do município/estado/nação e, muito menos com o período de luto dos familiares e entes queridos do paciente.

SEM MAIS

(NÃO FOI PELA DENGUE )


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